Steve Jobs

Steve Jobs foi um líder visionário que revolucionou tecnologia, design e cultura como fundador da Apple. Obsessivo pela perfeição, enfrentou desafios pessoais e profissionais, moldando indústrias inteiras com sua criatividade e inovação. Seu impacto global transformou a maneira como vivemos, deixando um legado duradouro, inspirador e controverso na história moderna.

Walter Isaaacson

Sumário

“As pessoas que são loucas o suficiente de pensar que podem mudar o mundo são as que mudam.”
-Comercial “Pense diferente”, da Apple, 1997

Infância

Paul Jobs

Paul Jobs (pai), tinha uma personalidade gentil e calma por baixo da carcaça dura. Sua paixão era mexer com carros antigos.

“Eu achava que o senso de design dele era muito bom”, disse, “porque meu pai sabia como construir qualquer coisa. Se precisássemos de um armário, ele construía.

Era importante, dizia seu pai, fazer os fundos dos armários e as cercas apropriadamente, mesmo que estivessem escondidos. “Ele amava fazer as coisas direito. E se importava inclusive com as partes que não estavam à mostra.”

“Ele era um bom negociante, porque sabia mais do que os caras do outro lado do balcão quanto cada coisa custaria.”

Jobs se lembrou do episódio vividamente porque foi a primeira vez que percebeu que seu pai não sabia tudo. Então, uma descoberta mais desconcertante começou a nascer: ele era mais inteligente que os pais. Não apenas ele descobriu que era mais inteligente que os pais, como também descobriu que eles sabiam disso.

Joseph Eichler

“Eichler fez algo incrível, suas casas eram inteligentes, baratas e boas. Levaram design clean e bom gosto para pessoas pobres. Tinham detalhes incríveis, como aquecimento solar do piso. Você coloca carpete, e tínhamos um belo e aquecido piso quando éramos crianças.”

“Amo quando podemos misturar um bom design e funcionamento simples gerando algo que não custa muito”, disse enquanto indicava a elegância simples das casas. “Era a visão original da Apple. Foi o que tentamos fazer com o primeiro Mac. Foi o que fizemos com o iPod.”

Dupla Estranha

O Desinteresse

A loucura de Jobs era do tipo cultivada. Ele havia começado as experiências que faria pela vida inteira com dietas compulsivas, comendo apenas frutas e vegetais, e estava tão magro e esbelto como um cão da raça whippet. Aprendeu a encarar as pessoas sem piscar e aperfeiçoou longos silêncios pontuados por explosões incisivas de discursos rápidos. Esta mistura estranha de intensidade e desinteresse. Oscilava entre carismático e assustador.

Ele sentia muita angústia. Era como se houvesse uma grande escuridão em torno dele.

Jobs também se tornou influenciado pela ênfase que o budismo dá à intuição. “Comecei a perceber que uma compreensão intuitiva e consciente era mais significativa do que o pensamento abstrato e a análise lógica intelectual”, disse mais tarde. Sua intensidade, no entanto, tornava difícil para ele atingir a paz interior — sua consciência zen não era acompanhada por calma, paz de espírito ou ternura interpessoal.

“Depois de uma semana, você começa a se sentir fantástico, ganha muita vitalidade por não ter que diferir tanta comida. Eu estava em ótima forma. Sentia que podia me levantar e andar até São Francisco quando quisesse.”

Uma noite, Jobs dormiu sob a mesa da cozinha e se divertiu ao ver que as pessoas vinham roubar comida uns dos outros na geladeira. Economia comunitária não era pra ele. “Começou a ser muito materialista, recordou Jobs.

A Reed disse: “Ele tinha uma mente muito questionadora que era muito atraente”, “Ele se recusava a aceitar verdades cristalizadas de modo automático e queria examinar tudo por conta própria.”

“Assim que desisti, pude parar de ir a aulas que não me interessavam e comecei a ir às que pareciam interessantes”, Entre elas, estava a aula de caligrafia, que chamou sua atenção depois que viu pôsteres lindamente escritos pelo campus.

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